Ernesto, o mito

Tweetar

Ernesto queria comprar um Chevette Turbo aspirado, turbinado (sic), rebaixado e, depois, colocar um sistema de som automotivo. O objetivo: passar no centrinho da cidade, à noite, com o som no último volume e aquele barulho de placa batendo. As mocinhas iriam se apaixonar.

Em contrapartida, Dona Eufrasina - uma velhinha de 123 anos -, mãe de Ernesto, queria que seu filho comprasse um cão de guarda, um pequinês de preferência, pois ela tinha medo de ficar sozinha à noite em casa.

Ernesto, servente de gari e blogueiro, viu-se num dilema: ou comprava o carro ou comprava o cão, pois a grana era curta e não dava pra comprar os dois. Ou um ou outro e, assim, sucessivamente. Após pensar um pouco - ele era um gênio, tirava conclusões rapidamente - decidiu comprar o pequinês.

À noite, o cão fazia serviço de guarda, tranquilizando a pobre dona Eufrasina que, pobrezinha, morava sozinha e , pior que isso, sem a companhia de ninguém. De dia, Ernesto tomava o cão emprestado, amarrava um mini-system e duas caixas de caixas de som de 14000W nas costas do animal e partia para o centro da cidade, fazendo aquele agito e conquistando todas as menininhas.

Duas cajadadas num coelho só. Uma solução genial de Ernesto, o mito.