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Rubi, nave do som, faz a pedra, vem pra cá
Que a Banda Djavú é a nova sensação do verão, não há sombra de dúvida - talvez.
Eu, particularmente, fiquei ciente da overdose há pouco tempo - uns vinte dias - desde que meu vizinho começou a tocar isso - e me acordar - todas as manhãs. Mas foi nessa semana de réveillon etc. que senti a real dimensão da coisa: de cada 10 carros com som que se via na orla de Rincão Beach, SC, 8 tocavam algum hit da Banda Djavu, a "batida envolvente".
No dia seguinte, passei um bom tempo no Twitter falando minhas impressões sobre a banda e suas congêneres (sempre em tom de piada, para me prevenir dos ataques de algum metaleiro retardado dizendo que isso é "a decadência da música, a escória da humanidade, som de pobre"). Dentre as twittadas, uma foi sobre o meu estranhamento com a letra de Rubi, um dos sucessos da Djavú. A música começa assim:
"Rubi, nave do amor, faz a pedra, vem pra cá"
Que porra é essa? A Djavú andou tirando lições com Djavan ou Gilberto Gil para fazer uma letra tão sem sentido, com tantas palavras soltas? Seria uma música de apologia ao consumo de crack?
O amigo @dodavilhena, do Bloda (um dos meus blogs favoritos. Sério), logo me respondeu:
"essas musicas nao são da djavu, são roubadas do tecnomelody de Belém e, acredite, essa letra faz sentido. Posso explicar por email."
O Doda, que é de Belém, passou o Reveillon lá, mas mora em São Paulo, não demorou em me mandar dois e-mails esclarecedores. Todas as informações contidas neles - e que irão mudar sua vida para sempre - estão logo abaixo:
"A Banda Djavú, marotamente, pega as músicas de maior sucesso na 'cena tecnobrega' de Belém e relança da Bahia pro resto do Brasil.
Em Belém, os caras do tecnobrega ficam muito putos com isso, mas fazer o quê? A cadeia de produção da história toda é baseada em pirataria, nem dá pra reclamar da Djavú. O negócio seria os próprios caras de Belém arrumarem os meios deles de chegarem aos canais populares do sudeste, sem os intermediários baianos.
Quanto à letra de 'Rubi': fora de Belém é difícil sacar o contexto (e, por isso não dá pra entender essas 'homenagens' da Djavú). Nesse universo tecnobrega da cidade, quem produz as grandes festas na periferia são equipes de som conhecidas como "aparelhagens". Eles montam estruturas imensas de luz e som em clubes, ruas ou qualquer lugar em que seja permitido realizar uma festa. Entre as principais aparelhagens estão: Pop Som, Tupinambá, Príncipe Negro e o Rubi. Cada aparelhagem tem o seu apelido: "Tupinambá - o todo poderoso treme-terra", "Rubi - a nave do som".
E, junto com cada apelido, as aparelhagens tem um gesto característico que o público das festas faz com as mãos, meio que para louvar aquela aparelhagem e identificar você como sendo da tribo que segue tal aparelhagem e não a outra. No caso da Rubi, tem a história de "fazer a pedra" com as mãos, como pode ser visto aqui.
Além de 'Rubi' não saco muito o que a Djavú tem tocado, apenas sei do pessoal reverberando a polêmica, mas imagino que a maioria das músicas são versões do que é feito é Belém, provavelmente com melhor qualidade técnica, já que boa parte do que é produzido pela cena paraense é feito na raça e com estrutura precária. Não sei de quem é a versão original da música, até porque cada uma das aparelhagens têm centenas de músicas feitas em sua homenagem. Essa é uma das formas que os artistas encontram para conseguir sucesso: fazer uma música enaltecendo a aparelhagem 'X' e torcer para o DJ da mesma incluí-la no set list das próximas festas.
O portal http://www.bregapop.com/home/ é referência de tudo que é produzido nesse universo em Belém e no estado do Pará. Por exemplo, digitando "rubi" na busca, aparece uma porção de resultados.
Só de curiosidade, o que está fazendo algum sucesso na cidade agora são versões de hits do R&B americano em tecnobrega. 'Hoje eu tô solteira' para 'All the singles ladies' não parava de tocar agora nesse final de ano. Eis o clipe.
Tudo isso que te falei está explicado com muito mais detalhes e competência em um documentário de 2009, chamado Brega S/A, que mostra toda a cadeia produtiva do tecnobrega em Belém, além de ser engraçado pra caramba. Os diretores são dois amigos meus, Vladimir Cunha e Gustavo Godinho. Ambos estão nessa de analisar e entender o tecnobrega há uns bons anos. O documentário pode ser visto online ou baixado aqui."
Agora, quando tocar 'Rubi', você já tem até coreografia para fazer. Não agradeça a mim, agradeça ao Doda. Mas me agradeça também, por te apresentar ao blog dele.
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¹ - onde se lê "metaleiros retardados", há a possibilidade de substituição por "fãs xiitas de qualquer estilo musical" ou "elitistas babacas". Eu mesmo escuto muito Iron Maiden, Metallica, Black Sabbath, Dream Theater... Também ouço B. B. King e Bonde do Tigrão.
² - outra coisa que me intrigou foi a existência de uma banda chamada Dejavú do Brasil. Consta que essa só surgiu para embarcar no sucesso da Djavú original (que agora sabemos, não é tão original assim). A Dejavú do Brasil é cara de pau a ponto de ter um sujeito vestido de Napoleão Bonaparte, feito a original. E não para por aí: o DJ da original é Juninho Portugal, o da cópia é... Juninho Marlboro. ¬¬
³ - ainda não assisti ao documentário citado, mas já estou providenciando seu download (que promete ser complicado na minha poderosíssima conexão). Meu primeiro torrent. *-*
Bom senso já é uma regra, não?
ResponderExcluirVelho muito sério e moro em Salvador, Bahia e tenho que falar pra vocês essa banda começou aqui e se espalhou ! todos esses sucessos que o resto do Brasil anda ouvindo agora ja estorou aqui por meio de Abril e Maio do ano passado (2009) não querendo diminuir o "talento" deles mas pro pessoal daqui eles são tão... Last Year sabe .-.
ResponderExcluirQuase impecavel... mas chamar All The Single Ladies de R&B foi doloroso...
ResponderExcluirA pedra é o simbolo do RUBI, nome da aparelhagem, RUBI, PEDRA deu pra entender, todo o artista faz isso pra poder que essas aparelhagens toquem sua música.
ResponderExcluirPs. As festas das aparelhagens são um covil de marginais tanto que eles fazem apologia direto ao crime, se te roubarem é só ir numa festa desta que tu encontra o ladrão.
Sobre essa questão de cópia do nome, pelo menos no Pará é bem comum.
ResponderExcluirDeve ter umas quatro bandas com Calypso no nome que tocam as mesmas musicas que a Calypso original da Joelma =p
dejavu eh xow da pra pegar as gata tudiin
ResponderExcluirPirataria é uma opinião infeliz , provavelmente de um Paraense...
ResponderExcluiro que o pessoal do Pará tem que entender, é que nao existe monopolio de ritmo no país... gravar musicas exatamente iguais até pode, pagando os direitos autorais aos criadores... mas os Paraenses acham que esse ritmo maravilhoso iria ficar quanto tempo escondido no Pará, ate um grupo com iniciativa lançar em cadeia nacional?
em vez dos paraenses ficaram com esse recalque todo, deveriam os empresarios e bandas lançar nacionalmente os seus trabalho como fez a Banda Calipso...
o baino pode tocar samba, o paraense pode gravar funk, e o baiano pode tocar tecnho brega...
é tudo musica brasileira!
nao existe monopolio... se é bom tem que ser mostrado pra todo Brasil!!!
Paraenses parem de recalque!
O(A) Hello Kitty (tão indefinido quanto o próprio?)não entendeu nada. Não trata-se de monopólio de ritmos, é claro que todo artista paraense de tecno brega, que sempre foi um produtos de massas, porém restrito a região a norte, quer o ritmo expandido pro resto do Brasil, Helloou! Se o mesmo vira febre, vende, toca em rádio e tv, ponto pra eles, é lógico, todo mundo quer sair das fronteiras do Pará que nem a Calypso. Tocar igual, copiar, qualquer um pode fazer, independente no Estado, mas a Djavú não copia ritmos, ela simplesmente rouba a letra interinha, como o Doda explicou, essas músicas são feitas por gente da periferia de Belém, gente simples, não têm essa estrutura de registro, direitos autorais, coisa e tal, os caras não sabem nem por onde passa. Essa música que o Baiano ouviu ano passado, já tocam há muitos anos em Belém, conhecemos todas, há tempos. É com isso que os caras ficam putos. Eles roubam de vários artistas diferentes que não vão ganhar um centavo. Essa banda uó não poderia ter escolhido nome mais apropriado: Djavú, expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto. Hahaha! é piada, ainda tiram sarro, é o público nem saca! espertinhos. Quanto a qualidade da música fala sério...será que é tão difícil fazer letra de tecno brega que os caras tem que roubar a dos outros...pros bainos que fazem aquele maravilhoso axé deve ser bem fácil. É só trocar o ritmo e os atabaques por aqueles malditos sintetizadores...Hello Kitty não fala merda por que não tem boca.
ResponderExcluirSta.Claudia
Moro em belém e sou da elite mais não nego que sim, essas musicas são da qui e mereçem seu respeito, aparelhagem não é lugar de marginal eu mesmo ja fui, tem muita gente desfavorecida e feia mais tem gente da elite que gosta aki, assim como o funk no rio tem seu ''lado branco da força''
ResponderExcluirNão é uma questão de resguardar o ritmo apenas para os paraenses, mas eu já vi em vários programs de Tv, a banda DJAVÚ afirmar que esse ritmo é baiano.
ResponderExcluirVamos ter bom senso, se querem utilizar o ritmo podem fazê-lo sem problemas, mas destacando que esse ritmo não é baiano, e sim paraense. Os djs e músicos até ficariam agradecidos pela divulgação.
é uma sacanagem oque esses caras da banda djavú estão fazendo..sou de belém e afirmo que o ritmo e as letras são nossas e nao de um grupinho baiano que gosta de plagiar a musica dos outros.
ResponderExcluirCara as musicas que essa bandinha de fundo de quintal toca nada mais sao do que plagio de outras bandas só do forro sacode tem tres musicas
ResponderExcluirOIIIIIIIIIIII TODA TEMBÉ COM VC
ResponderExcluirCOM FAZ PAZ É AMO LINDO E´ MAROVIROZO OIIII BJ /i fala
ResponderExcluirfala com mimgo coleco bj filize amo deus vc vai de um sonho
ResponderExcluirdeu amor é filize sonho bj xou
ResponderExcluirbj com ninha filize deu amor todo o suzeso0 oiii vc bj gontinho
ResponderExcluirbjjj.xou deu todo fala para faz gantinhao
ResponderExcluirlindo ai ninha sou bai pai
ResponderExcluirTem algo nessa banda seja original??? Pois sei, que praticamente todas as músicas são de outras bandas, o rítimo e batida ja eram existente no Pará. Eles também cantam músicas cuturais paraenses tais como: Rubí, atração pitipul, meteoro, tornardo,siranda-sirandinha entre outras, Tais de "BANDA RAVELY" B. de tecnomelody, todas essas músicas se refere as aparelhagens do Pará.Eles ja vieram no Pará, conhesem essas aparelhagens na qual tanta se referem nas músicas rubí, atração pitipul, meteoro etc...? Eu axo que não, então porque cantar oque não conhese, nem sabem o significado!
ResponderExcluiro tecnomelodi e nosso é do pará
ResponderExcluiradoro a as musiacs da banda djavu e também queria conhecer eles gostei mais das dançarinas
ResponderExcluirDJAVÚ Y LOVE VCS
ResponderExcluirodoro suas musicas barabem pelo sucesso
ResponderExcluirbejssssssssssssss
a banda djavu é o maximo eu ty ammmmmooooooooooooo linnnnndddoooosssss
ResponderExcluirddjavu e de+
ResponderExcluiro para cria, mais se não fosse a banda djavu não existia.
ResponderExcluireu amo vcssssssssssss djavu
ResponderExcluiradoooooooooooooooooooggggggggggggggooooooooooooo vcssssssssssssssssssssssssssss bjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjsssssssssssssss continuenm assssiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmm
ResponderExcluireu sou o luiz fenando e moro em itaituba no para adoro tecnomelody e eu quero diser que o tecnomelody e de nos paences e da nosa capital belem eos bahianos so porque ouviram a nosa musica ja ficaran com enveja da gente e andan espalhandos no brasil todo que esse ritimo e bahiano eles nao saben nem o que signicam as letras e tem duas bandas que casuan de nos ea banda djavu e chave de cadeia o tecnomelody a muitos anos que toca no para e os bahianos so foram escutar o ritimo no ano de 2007 o tecnomelody e cultura de nos paraences
ResponderExcluiroi tudo bem com vc
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