A triste história de um fã de Albertina Sampaio (capítulo 2)

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OBS: leia o capítulo 1 aqui.

Continuando a trilogia (trilogias têm 3 partes?) de Dagoberto, uma verdadeira saga épica, voltemos à floresta de Jacinto Machado naquele fatídico 22 de fevereiro de 1955.
Cabeça, o único baiano do grupo e Baiano, o cabeça da turma, foram os primeiros a adentrar naquele ambiente insólito, inóspito, insípido e insalubre. Na dianteira do grupo, os dois iam procurando a trilha que dava até a cachoeira (dava até a cachoeira? papo estranho...) e abrindo caminho para os demais (que boiolagem). Logo atrás vinham Jiraya e Zé Calanga. Torto, torto da última noite regada a cerveja Krill e cigarro de orégano, era carregado por Rud e Speed. A seguir, vinha Dagô e Motumbo por trás (ui!).
Tudo corria bem, mas a vida... a vida é uma caixinha de surpresas. Mais uma vez, o destino, ardilosamente, armou uma armadilha ardilosa para Dagoberto Menezes. Caminhando distraído e ouvindo Village People (mais especificamente o sucesso Y.M.C.A) na sua vitrola portátil com saída USB e som surround, Dagô esbarrou numa folha de urtigueira assassina do banhado (urtigus killas), a qual atingiu seu olho direito. Não teve nem chupadinha: Dagoberto acabara de ficar cego do outro olho, o olho que ele ainda não estava cego.
Novamente, comoção total. Dercy Gonçalves, nua na torre da igreja do bairro Michel, ameaçou jogar-se. Pelé, com 14 anos, quase desistiu da carreira de jogador de futebol. Ou seja, o mundo hoje seria bem diferente.
Maaas... voltando à cena dramática na floresta. Qualquer um de nós ficaria triste, desmotivado, abalado, cabisbaixo, deprimido, sem vontade nem ao menos de cantar uma canção, mas, por Deus, estamos falando de Dagoberto Menezes!!! (aos que ainda não perceberam, Dagoberto Menezes, vulgo Dagô, fã de Albertina Sampaio e consumidor de leite Tirol, é o protagonista desta eletrizante saga épica). Ninguém do grupo percebeu o ocorrido e assim, todos, inclusive Motumbo, continuaram caminhando enquanto Dagoberto agonizava no chão. Aliás, minto. Eles perceberam sim, mas queriam mais que aquele preibói de uma figa que comia Tostines e Sucrilhos Kelloggs e usava papel higiênico Neve com óleo de amêndoas e extrato de pêssego e enriquecido com vitamina C e ácido fólico se lixasse.
Tomado por um misto (quente) de pânico, horror e pavor, Dagoberto encostou-se no tronco de um jequitibá e ficou aguardando algum sinal de vida, de alguém que pudesse socorrê-lo. 15 minutos depois, por volta das 11 da noite, Dagô animou-se quando ouviu vozes:
- Cadê o filho da puta do Dagoberto?
- Quem foi o burro que deu pra ele a mochila com toda nossa comida?
- Minha sunga de oncinha tava dentro da mochila dele também!
- Que papo é esse, Zé Calanga?
- Ops..
- Achei o lazarento!
Após arrancarem de Dagô a mochila da Kipling com o chaveiro do macaquinho, os garotos, num "insight" de compaixão, decidiram redimir-se e acabaram levando nosso herói.



"Oi, eu sou o Rud! O que será que aconteceu na cachoeira naquela fatídica noite? Não perca o desfecho da emocionante saga épica O triste fim de um fã de Albertina Sampaio neste mesmo blog, neste mesmo horário"