Oi Torpedo... Claro Torpedo

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Oi Torpedo!

Geruska Ivanovica era uma adolescente que sofria de esquizofrenia tifóide aguda. Conversava com objetos como se fossem gente.

Numa belíssima manhã de inverno, enquanto caminhava pelos campos áridos da Sibéria - sob forte sol de 122 °F -, Geruska encontrou um torpedo enterrado. Tratou de bater um foto e colher uma amostra de sangue do objeto para, em seguida, mandar um Sedex 10 à Nasa requisitando informações mais detalhadas sobre o pobre torpedo orfão enterrado nos alpes da savana siberiana.
Três minutos depois chegou uma mensagem no celular (Oi) de Geruska Ivanovica. Ela leu, meditou, fez uma prece, dançou mambo e, só então, decidiu conversar com seu novo amiguinho:

- Oi, torpedo!
Nem sinal de resposta.

- Pô, torpedo, vê se me dá um oi. É de graça. Torpedo..Oi.. grátis.. Manja?

Eis que, subitamente, aparece um gnomo atrás de Geruska:
- Que garota retardada. Nunca vi ninguém mandar torpedo da oi. Quero dizer, dar oi.

Geruska enfureceu-se:
- Que é que cê tá agitando, gnomo?! Eu dou oi pra quem eu quiser! Oi mundo. Oi torpedo. Oi loja. Oi claro. E nem uso vírgula para separar o vocativo. E AI DE QUEM RECLAMAR!!!!

Convencido pela argumentação da garota, o gnomo, que também era dono de uma clínica psiquiátrica, disse:
- Está certo. Eu que me equivoquei. O problema aqui não é com você, Geruska. É com o torpedo. Muito anti-social o jovem. Vou enviar o torpedo para a reabilitação.

O gnomo colocou o torpedo em sua pochete, embarcou no seu Fiat 147 e sumiu no horizonte.
Geruska Ivanovica brincou de amarelinha, comeu uma empadinha e foi pra casa às 6 da tarde.

E todos viveram felizes para sempre.

FIM. :)