O louco, muito louco. Mundo louco

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Louco

Um cidadão folclórico aqui da minha cidade é o Romário. Nas antigas o Romário era caminhoneiro. E, como muitos caminhoneiros ainda fazem atualmente, tomava rebite para ficar bem acordado durante as longas viagens. Acabou ficando meio pinel (louco, lelé, etc.)

Das muitas histórias de delírios do Romário que contam por aqui, uma que não esqueço me foi contada há 10 anos...

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Felipe, meu colega de 4ª série, morava no 3º andar de um edifício. Um dia, ao ir à sacada, viu que o Romário estava parado com sua bicicleta no portão de uma casa abandonada que ficava em frente ao prédio. Decidiu zoar com o pobre do Romário..

Pegou um pedaço de piso quebrado e arremessou. O piso bateu no telhado da casa e caiu bem na cabeça do Romário. Arremesso perfeito! \o/
O Romário (quantas vezes já repeti o nome) que, neste momento, olhava o movimento dos carros, logo virou-se para trás. Invocado, começou a xingar a casa, berrando e fazendo gestos.
Ficou nessa por uns três minutos. Então, decidiu tomar uma decisão. Saiu correndo, a pé mesmo, em direção à sua casa, que era ali perto. Nem lembrou que tinha bicicleta.
Virou a esquina e sumiu, mas meu colega continuou observando. Aliás, não só meu colega observava o acontecimento. Quando Romário virou a esquina, um pivete cruzou a estrada correndo. Subiu na bicicleta e sumiu do mapa.

Mais três minutos depois, o Romário reapareceu. Com um facão na mão. Entrou no pátio da casa e começou a dar-lhe "facãozadas", enquanto xingava e gesticulava mais um pouco.
Depois foi embora tranqüilo, sem lembrar MESMO da bicicleta.

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Muito louco o Romário. Lembrei-me dessa história na última quinta-feira, quando o vi no supermercado. Ele estava no balcão de frios e laticínios, falando com um pacote de bacon. FALANDO! :o